4G Folic, para o que é indicado e para o que serve?
Este medicamento é destinado ao tratamento e prevenção dos
estados de carência do Ácido Fólico. É utilizado em casos de anemias
hemolíticas e anemia megaloblástica não-perniciosas. O uso de Ácido Fólico no
período que antecede e durante a gestação diminui a incidência de malformações
do tubo neural. Também pode ser usado na prevenção da displasia cervical.
Quais as contraindicações do 4G Folic?
O Ácido Fólico não deve ser administrado até que se tenha
descartado o diagnóstico de anemia perniciosa, já que o mesmo corrige as
manifestações hematológicas e mascara a anemia perniciosa, possibilitando a
evolução de danos neurológicos. Este medicamento não deve ser utilizado em caso
de hipersensibilidade ao Ácido Fólico ou a qualquer outro componente da
formulação.
Este medicamento é contraindicado na faixa etária
pediátrica.
Como usar o 4G Folic?
Ácido Fólico deve ser ingerido com água ou um pouco de
líquido. O tratamento da deficiência de Ácido Fólico deve ser acompanhado por
uma dieta de suplementação alimentar equilibrada.
A dose recomendada é de 1 comprimido ao dia, ou a critério
médico.
Quais cuidados devo ter ao usar o 4G Folic?
A deficiência do Ácido Fólico não ocorre em indivíduos
sadios que recebem uma dieta equilibrada e suficiente. A deficiência de somente
uma das vitaminas B é rara, sendo que a ingestão de uma dieta inadequada
normalmente ocasiona deficiências vitamínicas múltiplas.
Para profilaxia de deficiência de Ácido Fólico é preferível
melhorar a dieta à suplementação.
Para o tratamento da deficiência de Ácido Fólico a
suplementação é preferível.
Não se recomenda o uso de Ácido Fólico no tratamento da
anemia perniciosa. O Ácido Fólico nunca deve ser administrado sozinho ou em combinação
com quantidades inadequadas de vitamina B12 para o tratamento de anemia
megaloblástica não diagnosticada.
Metotrexato, pirimetamina, triantereno e trimetoprima atuam
como antagonistas de folato pela inibição da di-idrofolato redutase, esse
antagonismo é mais significativo com doses elevadas e/ou uso prolongado. Nos
pacientes em que se administram esses medicamentos, deve-se utilizar
leucovorina cálcica (ácido folínico).
Categoria de risco na gravidez: Categoria A.
Este medicamento pode ser utilizado durante a gravidez desde
que sob prescrição médica ou do cirurgião-dentista.
Quais as reações adversas e os efeitos colaterais do 4G
Folic?
O Ácido Fólico é um medicamento bem tolerado nas doses
recomendadas, apresentando baixa incidência de efeitos colaterais.
Raramente podem ocorrer distúrbios gastrintestinais, tais
como náuseas, distensão abdominal, flatulência e reações alérgicas, tais como
eritema, prurido e/ou urticária.
Existem relatos na literatura de que doses de 15mg/dia
possam produzir alterações no sistema nervoso central, como distúrbio do sono e
irritabilidade. Doses elevadas de Ácido Fólico (maior que 15mg/dia) podem
comprometer a absorção intestinal do zinco.
Em casos de eventos adversos, notifique ao Sistema de
Notificações em Vigilância Sanitária – NOTIVISA, disponível em
www.anvisa.gov.br/hotsite/notivisa/index.htm, ou para a Vigilância Sanitária
Estadual ou Municipal.
Superdose: o que acontece se tomar uma dose do 4G Folic
maior do que a recomendada?
Existem poucos relatos de ingestão de doses elevadas de
ácido fólico, no entanto estes casos não acarretam sintomas relevantes. No caso
de reações adversas, suspender a administração de ácido fólico e, se
necessário, utilizar medicação sintomática.
Em caso de intoxicação ligue para 0800 722 6001, se você
precisar de mais orientações.
Interação medicamentosa: quais os efeitos de tomar 4G Folic
com outros remédios?
As necessidades de Ácido Fólico podem estar aumentadas em
pacientes fazendo o uso de analgésicos em uso prolongado, anticonvulsivantes e
estrogênios.
O uso simultâneo com o Ácido Fólico pode diminuir os efeitos
dos anticonvulsivantes, do grupo da hidantoína, podendo ser necessário um
aumento na dose do anticonvulsivante.
Colestiramina e sulfonamidas podem interferir na absorção de
Ácido Fólico.
Qual a ação da substância do 4G Folic (Ácido Fólico)?
Resultados de Eficácia
Estudos realizados na Hungria pelo pesquisador Andrew E.
Czeizel são considerados ponto de referência decisivo na área de prevenção de
defeitos do tubo neural. Um estudo realizado com quase 5.500 gestantes,
concluiu que o uso de suplemento vitamínico, contendo 0,8mg de Ácido Fólico,
reduz o aparecimento de bebês com malformação do tubo neural, assim como do
trato urinário e do sistema cardiovascular, além de diminuir os sintomas de
enjoos, náuseas e vômitos durante o primeiro trimestre de gravidez. Também
restringe a incidência de partos prematuros e melhora a qualidade do leite
materno.
Características Farmacológicas
O Ácido Fólico medicamentoso é conhecido também como ácido
pteroilglutâmico. Difere essencialmente do Ácido Fólico alimentar, uma vez que
está sob a forma de monoglutamato, enquanto que o Ácido Fólico contido nos
alimentos está sob a forma de poliglutamato. O Ácido Fólico sofre
biotransformação hepática sendo convertido em seu metabólito ativo, o ácido
tetraidrofólico.
O Ácido Fólico é encontrado em quase todos os alimentos, em
pequenas quantidades sob a forma de poliglutamatos, sendo inutilizados no
cozimento ou na forma de preparo destes alimentos.
O Ácido Fólico é uma vitamina essencial na multiplicação
celular de todos os tecidos, já que é indispensável à síntese do DNA e
consequentemente à divisão celular. A carência do Ácido Fólico vai afetar
diretamente todos os tecidos, mas os efeitos prejudiciais são mais imediatos
nos tecidos que se renovam numa velocidade mais rápida. Assim, os elementos
figurados do sangue, o epitélio intestinal (especialmente o delgado) e mucosas
em geral, vão se renovar de forma incompleta na carência de Ácido Fólico,
originando graves distúrbios orgânicos que não apresentam sinais clínicos muito
evidentes, havendo dificuldade no diagnóstico de sua carência.
Propriedades Farmacocinéticas
O Ácido Fólico é quase completamente absorvido pelo trato
gastrintestinal (duodeno). A eliminação é renal, quase completamente como
metabólitos. O excesso de Ácido Fólico ingerido (acima da Ingestão Diária
Recomendada - IDR) é excretado através da urina, a maioria sob a forma inalterada.
Doses pequenas como 0,2mg têm um aproveitamento biológico total. Doses
elevadas, acima de 15mg têm uma taxa de excreção que varia entre 50 a 90%.
O Ácido Fólico, após a conversão a ácido tetraidrofólico, é
necessário para a síntese normal de purina e timidilato, metabolismo de
aminoácidos como a glicina e metionina, metabolismo de histidina e
eritropoiese.